No mês de março de 2012,
realizando exames pré-operatórios para uma histerectomia (retirada
do útero), minha ginecologista Dra. Rosária me solicitou, entre
vários exames, o Anti-HCV ( exame que detecta os anticorpos contra a
hepatite C no sangue). Para minha total surpresa um bioquímico do
laboratório me ligou para solicitar uma nova coleta de sangue, porque
meu exame dera positivo. Fiz uma nova coleta e o diagnóstico foi o
mesmo, positivo!
Minha primeira reação foi de
choro, muito choro, depois: porque comigo? Como fui contaminada? O
que vou fazer?
Fui buscar informações na internet, fiquei chocada, sem chão, anestesiada diante do que li. As primeiras informações eram desesperadoras, as estatísticas apontavam para um prognóstico terrível!
Fui buscar informações na internet, fiquei chocada, sem chão, anestesiada diante do que li. As primeiras informações eram desesperadoras, as estatísticas apontavam para um prognóstico terrível!
Minha resposta sobre como fui
contaminada veio rápido, por transfusões sanguíneas. Entre 1983 e
1986 recebi transfusões de plasma para tratar uma doença chamada Púrpura
Trombocitopênica Idiopática (PTI) é uma doença sanguínea
adquirida caracterizada pela trombocitopenia ( diminuição do número
de plaquetas no sangue), também conhecida por Púrpura
Trombocitopênica Imunológica. Antes de 1993 o sangue das
transfusões não era testado nem se conhecia o vírus.
Mas com o apoio do meu marido,
filhas e amigos, vi que não era hora de me desesperar. As
manifestações de carinho foram imensas. Recebi tantas mensagens de
apoio e esperança, vi o quanto sou privilegiada por ter
família e amigos que se importam comigo, então, resolvi me
informar melhor sobre o assunto.
Descobri que em Belo Horizonte o tratamento pode ser feito no
Hospital das Clínicas da UFMG. Fui ao ambulatório
e fui recebida pela equipe que trata as Hepatites Virais. No
mesmo dia fui atendida por uma clínica, por uma hepatologista, uma
psiquiatra e uma nutricionista, todos super atenciosos. Fui informada também da existência
de um grupo de apoio , composto por médicos e pacientes, que acontece sempre na última quinta-feira do
mês na faculdade de medicina.
Desde então estou fazendo vários exames, e não são poucos e até agora tudo está correndo muito bem, dia 28/06/12 farei o último exame dessa primeira etapa, uma biópsia do fígado, para depois ser decidido quando irei iniciar com os medicamentos. Então, vamos que vamos!!!
Desde então estou fazendo vários exames, e não são poucos e até agora tudo está correndo muito bem, dia 28/06/12 farei o último exame dessa primeira etapa, uma biópsia do fígado, para depois ser decidido quando irei iniciar com os medicamentos. Então, vamos que vamos!!!
2 comentários:
Bom dia!
Meu namorado descobriu há poucos dias que é portador do virus da hepatite C. Gostaria de saber o que ele precisa fazer para iniciar o tratamento no ambulatório que vc menciona neste depoimento no Hospital das clínicas da UFMG? Terá que realizar pelo SUS, pois ele não tem plano de saúde. Residimos em BH e estamos ainda muito perdidos.
Agradecemos muito se puder nos informar.
Olá, me desculpe não ter respondido antes, eu estava em tratamento e minha cabeça ficou a mil. Procure o Hospital das Clínicas, no Ambulatório de Hepatites Virais, no Prédio Jenny Faria, em frente ao estacionamento do Extra. Os atendimentos são as segundas e quintas feiras de 7:00 as 12:00. Leve seus documentos, o exame comprovando que você tem hepatite. O tratamento é totalmente gratuito. A equipe é sensacional, lá terá tudo que você precisa. Novamente me desculpe pela demora, mas mesmo que já tenha ido eu outro profissional, te aconselho a ir ao Hopsital Das Clínicas. Boa sorte
Postar um comentário