A hepatite C é causada por um vírus transmitido
principalmente pelo sangue contaminado, mas a infecção também pode
passar através das vias sexual e vertical (da mãe para filho). O
portador do vírus da hepatite VHC pode desenvolver uma forma crônica
da doença que leva a lesões no fígado (cirrose) e câncer
hepático.
O VHC está largamente distribuído pelo mundo.
Hoje, atinge cerca de 170 milhões de pessoas no mundo, no Brasil, há
cerca de 3 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C.
Não há vacina contra a doença.
Sintomas
A hepatite C é assintomática na maioria dos
casos, ou seja, o portador não sente nada após a infecção pelo
vírus. Em algumas situações, pode ocorrer uma forma aguda da
enfermidade que antecede a forma crônica. Nesses casos, o paciente
pode apresentar mal-estar, vômitos, náuseas, pele amarelada
(icterícia), dores musculares. A hepatite C é um problema
significativo de saúde pública por causa do grande número de casos
que evoluem para a forma crônica da doença, cerca de 80% dos
pacientes. No entanto, a maioria dos portadores só percebe que está
doente anos após a infecção, quando apresenta um caso grave de
hepatite crônica com risco de cirrose e câncer no fígado.
Diagnóstico
O exame de escolha para diagnóstico da hepatite C
é a pesquisa de anticorpos contra o vírus da hepatite C, o
anti-VHC. Entretanto, muitas vezes, a enfermidade é diagnosticada
durante exames de rotina ou durante a investigação de outras
doenças.
Pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1993 devem fazer o teste anti-VHC porque, antes dessa data, o sangue das transfusões não era testado nem se conhecia o vírus.
Pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1993 devem fazer o teste anti-VHC porque, antes dessa data, o sangue das transfusões não era testado nem se conhecia o vírus.
A descoberta do vírus C em 1989 permitiu o
desenvolvimento de testes para identificar anticorpos
específicos. Assim, em 1992, um teste para identificação do
anticorpo do VHC foi disponibilizado, fato que aumentou a segurança
para os receptores de sangue, uma vez que todas as bolsas de sangue
passaram a ser testadas.
Tratamento
O tratamento consiste na combinação de
interferon (substância antiviral produzida por nosso organismo e que
combate o vírus da hepatite C) injetável três vezes por semana
associado a uma droga (ribaveriva) administrada por via oral por um
tempo que varia entre seis meses e um ano. Esses medicamentos são
distribuídos gratuitamente pelo SUS.
Quando não há cirrose instalada, as chances de
eliminação total do vírus do organismo variam entre 30% e 70%,
dependendo do tipo de vírus, que pode pertencer a dois genótipos: 1
ou não-1.
No início do tratamento, os sintomas são
semelhantes aos de uma gripe forte: dores no corpo, náuseas, febre.
Perda de cabelo, depressão, vômitos, emagrecimento são outros
sintomas possíveis. Ascite (barriga d’água), cansaço extremo,
confusão mental podem ser sintomas do estado avançado da doença.
A cura é definida pela ausência de vírus no
sangue seis meses depois do terminado o tratamento. As chances variam
entre 40% a 60%, dependendo do tipo de vírus.
Os genótipos,
que são os subtipos do vírus, são considerados fatores importantes
na resposta ao tratamento e podem ser classificados em: 1a, 1b, 2a,
2b, 3, 4, 5a, 6a. Alguns genótipos têm distribuição em todo o
mundo (1a, 1b, 2a, 2b), enquanto outros são somente encontrados em
regiões específicas (5a e 6a). No Brasil, encontramos os genótipos
1a, 1b, 2a, 2b e 3, com predominância do genótipo 1 sobre os
genótipos não-1 (60% e 40% respectivamente). O genótipo 1 tende a
responder de maneira mais difícil ao tratamento que os demais
(genótipos não-1).
Recomendações
* Fique longe das bebidas alcoólicas, se é ou
foi portador do VHC;
* Não utilize drogas injetáveis;
* Certifique-se de que todo o material utilizado
para coleta de sangue seja descartável;
* Verifique se agulhas ou qualquer outro objeto
que entre em contato com sangue é descartável ou está devidamente
esterilizado;
* Leve seu próprio material quando for à
manicure;
* Se quiser engravidar ou estiver grávida, faça
o teste para saber se é portadora do vírus da hepatite C;
* Só faça sexo com preservativo;
* Tome as vacinas contra as hepatites A e B, a
vacina contra gripe todos os anos e a vacina contra pneumonia, se é
portador do VHC.
Fontes:
http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/hepatite-b/ http://www.hepatites.com.br/conheca_hepatite/hepatite_c/hepatite_c_PT.htm
Fontes:
http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/hepatite-b/ http://www.hepatites.com.br/conheca_hepatite/hepatite_c/hepatite_c_PT.htm
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