FIBROSCAN
ou ELASTOGRAFIA HEPÁTICA
É um exame de imagem já liberado pela ANVISA
para uso no Brasil.
Realizado em consultório médico, não invasivo, indolor e
que substitui em muitos casos a biópsia do fígado. Tem duração de cerca de 5 a
10 minutos.
Este método diagnóstico já está difundido há alguns anos na
Europa em especial na França e Espanha onde já substitui a biópsia do fígado em
até 60% dos casos. É de grande utilidade em vários momentos da evolução e
indicação de tratamento nas doenças do fígado.
O
Fibroscan vem sendo utilizado recentemente para medir principalmente a rigidez
do parênquima (tecido) do fígado, o que traduz na prática provavelmente o grau
de fibrose e, portanto a tendência à cirrose que o fígado apresenta.
Realização do Fibroscan
Anteriormente a única alternativa era a realização de
biópsia hepática que é um método invasivo, doloroso e realizado idealmente em
ambiente hospitalar. Algumas vezes é necessário realizar a biópsia hepática em
centro cirúrgico. Este é um procedimento que exige além de internação de horas
a dias, o uso de anestesia local e a introdução de agulha para obtenção do
fragmento de tecido hepático. O médico deve ser experiente na realização da
biópsia para que esta seja menos dolorosa, e também para diminuir o risco de
complicação. Além disto é mais seguro que seja retirada amostra adequada e
suficiente de material.
Biópsia hepática
A biópsia hepática tem ainda algumas limitações como ser
contra indicada na presença de alterações de coagulação ou plaquetopenia
intensa (plaquetas baixas), podem ocorrer variações entre médicos diferentes
quanto ao resultado final (variações inter observador), e mesmo a possibilidade
do mesmo médico concluir de forma diferente a análise da mesma lâmina de
biópsia em dias diferentes, o que chamamos de variação intra-observador.
Outro problema que pode ocorrer em relação ao diagnóstico
da biópsia seria coleta inadequada, ou seja, o fragmento obtido não é de
tamanho suficiente para análise conclusiva (amostra insuficiente). Raramente
ainda pode ocorrer até mesmo coleta de material de outro órgão com pleura ou
estômago.
Material para realização de biópsia hepática
A repetição da biópsia deve ser realizada em algumas
situações: Quando existe dúvida quanto à conclusão da biópsia hepática, e em
algumas doenças crônicas como as hepatites virais B, C e/ou associações. Nestas
últimas, se a biópsia mostrar uma doença ainda inicial com grau leve ou ausente
de fibrose a biópsia também deverá ser repetida a cada 3 anos para reavaliação
e monitoramento da evolução da doença e necessidade atual de tratamento
específico.
A biópsia pode ter como complicações: Hemorragias,
perfurações, coleções (hematomas, abscesso), infecções e até demandar às vezes
cirurgia para tratamento de suas complicações.
O material obtido através de uma excelente biópsia hepática
representa na verdade apenas 1/50.000 da totalidade do tecido de fígado.
Portanto o fragmento pode mostrar uma região mais afetada ou menos afetada pela
doença de base, a isto chamamos de falso positivo ou falso negativo do exame.
Já o Fibroscan avalia 1/500 da totalidade do tecido
hepático, portanto uma porção maior do órgão em relação à biópsia.
O exame já está em uso na Europa há alguns anos e agora já
pode ser realizado aqui no Brasil.
(Dra. Mônica Salum Valverde Borsoi Viana-
Gastro-Hepatologista).
**Existem casos nos quais a biópsia do fígado será sempre necessária, a critério do médico, por ser ainda o melhor método para a avaliação do estado do fígado!
**Infelizmente ainda não é possível realizar o exame no
Hospital das Clínicas em Belo Horizonte, o hospital ainda não possui o
aparelho! :(
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